Grama
Barragem Santa Lúcia
Projeto urbanístico e paisagístico desenvolvido para a Barragem Santa Lúcia , em Belo Horizonte, MG. Projeto vencedor do Prêmio Gentileza Urbana em 1997, promovido pelo IAB- MG.
Concurso Orla Noroeste de Vitória
A nossa proposta de reestruturação urbana para os 15,5km de extensão da Orla Noroeste de Vitória busca um desenho capaz de articular áreas da cidade levando em consideração a interface entre espaço projetado e a exuberante paisagem natural. Essas conexões se dão pelo tratamento dos espaços públicos e pela presença de alguns equipamentos que podem estimular o trânsito de pessoas.
A idéia foi apresentar soluções com fácil exiquibilidade diante de particularidades urbanas e arquitetônicas de cada localidade: conexões internas, arruamento, saneamento, mobilidade urbana, acessos, iluminação, vegetação, drenagem, materiais e saberes locais. Buscando agregar valor ao produto local, as propostas exploram as potencialidades do granito local e da cerâmica, tornando-os elementos chave da integração.
Nesse sentido, a integração do espaço projetado com a natureza foi pensada de forma que as pessoas possam usufruir da paisagem, com o menor impacto possível. Algumas das estratégias utilizadas foram: afastar as construções e a urbanização das linhas d’água, propor decks soltos do solo, evitar cortes em terreno, não obstruir a passagem da fauna, propor estacionamentos permeáveis e jardins de chuva para ajudar na drenagem e diminuir a impermeabilização, utilizar vegetação local tanto para reestruturar o mangue quanto para amenizar o impacto visual das contenções dos canais, utilizar produtos resistentes a maresia.
Em breves momentos tais interrupções da forma da cidade projetada e de seu cotidiano programado possibilitam uma redefinição das relações entre o público e privado, entre a cidade e a natureza, entre o formal e o informal para além de uma complementaridade dada por uma espetacularização do urbanismo.
Nesse sentido, reconhecemos a importância de se pensar num espaço público de qualidade, capaz de dar suporte para uma mudança nas relações da cidade.
Concurso Parque Paranoá
Esse é o projeto que apresentamos como resposta ao tema: “Concurso Parque Paranoá”. As diretrizes apresentadas para a formulação de uma proposta para o parque do Paranoá foram:
○ O fato do local ter servido de acampamento para o candangos – operários imigrantes construtores da cidade de Brasília nos anos 60. De acordo com imagens retiradas do site da SEDHAB/DF, foi possível reconhecer os lugares, na década de 70, onde estes moravam e tornar isso mote paisagístico;
○ A área, depois de transformada em APA, tem como rastro da ocupação da Vila Paranoá a presença de uma vegetação exótica em detrimento da supressão do bioma do cerrado;
○ Potencial da área para se tornar continuidade de um projeto maior, “Brasilia Cidade Parque”. Desta forma, este parque é parte de um projeto ecossistêmico de discussão da relação entre natureza e ocupação humana.
A nossa proposta para o Parque do Paranoá tem como intuito tornar o parque não apenas resposta a uma demanda da população local, tal como colocado, mas a uma situação cultural, histórica, ambiental e paisagística que aponta para uma relação ecossistêmica mais sustentável.
Seguindo este modo de compreender a situação, o desenho da proposta constitui-se de um eixo central que liga a Casa de Ervas as ruínas da Igreja São Geraldo, importante marco histórico para a constituição da Vila Paranoá como cidade Paranoá. Desta linha emergem inúmeros mirantes em decks que apontam para a paisagem circundante ao mesmo tempo que organizam todo o programa de necessidades apontado pelo concurso.
Este eixo foi assim organizado: logo no seu início, mais próximo a Casa de Ervas e longe da área já ocupada, temos as áreas mais vazias e públicas, destinadas a recreação e lazer, com mirantes e decks para eventos rotineiros como picnics e caminhadas. Já na área mais central da linha, estão os programas mais institucionais, que tiram partido ora das edificações já existentes mas abandonadas, ora da topografia, já que não é necessário movimentos de terra para sua implantação. Nesta parte, temos o edifício destinado a eventos culturais, educação e cultura, lanchonete, vestiários de apoio a prática esportiva, quadras, viveiro de mudas e sede administrativa. E na parte final do eixo, entre a área descrita anteriormente e a ruína da igreja São Geraldo, temos programas que servem de apoio a permanência no local – lanchonete, cafeteria e banheiros.
Desnudamentos
Default Urbano
default urbano
O projeto "Default Urbano" pretende explicitar os padrões com os quais as cidades vem sendo conformadas na contemporaneidade. Entendemos esse trabalho como processo de reflexão contínuo e um exercício crítico em andamento.