Grama
Concurso Parque Paranoá
Esse é o projeto que apresentamos como resposta ao tema: “Concurso Parque Paranoá”. As diretrizes apresentadas para a formulação de uma proposta para o parque do Paranoá foram:
○ O fato do local ter servido de acampamento para o candangos – operários imigrantes construtores da cidade de Brasília nos anos 60. De acordo com imagens retiradas do site da SEDHAB/DF, foi possível reconhecer os lugares, na década de 70, onde estes moravam e tornar isso mote paisagístico;
○ A área, depois de transformada em APA, tem como rastro da ocupação da Vila Paranoá a presença de uma vegetação exótica em detrimento da supressão do bioma do cerrado;
○ Potencial da área para se tornar continuidade de um projeto maior, “Brasilia Cidade Parque”. Desta forma, este parque é parte de um projeto ecossistêmico de discussão da relação entre natureza e ocupação humana.
A nossa proposta para o Parque do Paranoá tem como intuito tornar o parque não apenas resposta a uma demanda da população local, tal como colocado, mas a uma situação cultural, histórica, ambiental e paisagística que aponta para uma relação ecossistêmica mais sustentável.
Seguindo este modo de compreender a situação, o desenho da proposta constitui-se de um eixo central que liga a Casa de Ervas as ruínas da Igreja São Geraldo, importante marco histórico para a constituição da Vila Paranoá como cidade Paranoá. Desta linha emergem inúmeros mirantes em decks que apontam para a paisagem circundante ao mesmo tempo que organizam todo o programa de necessidades apontado pelo concurso.
Este eixo foi assim organizado: logo no seu início, mais próximo a Casa de Ervas e longe da área já ocupada, temos as áreas mais vazias e públicas, destinadas a recreação e lazer, com mirantes e decks para eventos rotineiros como picnics e caminhadas. Já na área mais central da linha, estão os programas mais institucionais, que tiram partido ora das edificações já existentes mas abandonadas, ora da topografia, já que não é necessário movimentos de terra para sua implantação. Nesta parte, temos o edifício destinado a eventos culturais, educação e cultura, lanchonete, vestiários de apoio a prática esportiva, quadras, viveiro de mudas e sede administrativa. E na parte final do eixo, entre a área descrita anteriormente e a ruína da igreja São Geraldo, temos programas que servem de apoio a permanência no local – lanchonete, cafeteria e banheiros.
Colaboradores
Atamar Lorrani
Estuda Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Foi orientador de desenho técnico e professor de SketchUp pela Trena Ensino. Participou como colaborador do Concurso Parque Paranoá.
Fernanda Gomes Rabelo
Arquiteta e Urbanista pela Universidade FUMEC em 2008. Mestrado realizado na Espanha, na área de Sustentabilidade. Desde 2011 atua como sócio proprietária no escritório de arquitetura Estudio Cena, tendo realizado desde então distintos projetos residenciais, comerciais e projetos de interiores.
Participou do Projeto Paisagístico das áreas remanescentes às margens da Avenida Presidente Antônio Carlos.
Frederico Canuto
Arquiteto e Urbanista pela PUC MG em 2000. Mestre em Planejamento Urbano / Analise Crítica e Histórica da Arquitetura e Urbanismo pela UFMG em 2005. Doutor em Poéticas da Modernidade pela Faculdade de Letras da UFMG em 2012. Professor da Universidade Federal de Minas Gerais.
Investigador do Projeto de Pesquisa Default Urbano, participou também do Projeto Paisagístico das áreas remanescentes às margens da Avenida Presidente Antônio Carlos, e do Projeto Parque Fluvial do Rio São Francisco em Januária-MG.
Paula Vilela
Arquiteta e Urbanismo pela Universidade FUMEC em 2007. Pós graduação em Processos Criativos em Palavra e Image, pela PUC Minas em 2009, e técnica em Comunicação Visual pelo INAP em 2011. Após a conclusão do curso de graduação, direcionou seus estudos para as artes visuais.
Participou do Projeto Paisagístico das áreas remanescentes às margens da Avenida Presidente Antônio Carlos e do Concurso para a Orla Noroeste de Vitória.